sexta-feira, 14 de setembro de 2012

RÉSTIA DE MAR


Não sei porque me chamas
porque tanto me declamas
onde eu me sinto mar

e de sonhos de uma poetisa
no embalo das ondas a naufragar
um único desejo se concretiza
de uma réstia de luz a esperança flutua
onde os sentidos pairam de sonhos
fazendo a noite iluminada de estrelas
na curva de faces misteriosas da lua
iluminando as vagas como caravelas
pedes ao mar que eu seja tua

réstia de vagas em maré vazia
balançam ondas contra as pedras
manchadas de sal e dor

de tantos poetas e tanta poesia
tantos e todos que já cantaram o amor
o mar doce inspiração
doce mar maresia
cálida fragrância odor
vagas sublime agitação
e a noite tão quieta
dentro de mim desperta
um mar de sentidos
um soluçar de emoções
um balbuciar de gemidos
inebriante canto da sereia
que dentro de mim ateia
fogo e consumições
dentro de mim incendeia
mar alterado paixões
noite de ilusões
que a escuridão
encandeia
...
musa

Praia da Granja, 00h15


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