És
em mim o instante desta hora
Fragmentos
que compõem o meu ser
És
em mim o amante que demora
A
palavra que dá passos a tremer
Pouco
a pouco vão surgindo as claridades
Vêm
presas ao teu sonho no olhar
Fragmentos
que te contam de saudades
As
palavras que humedecem sem parar
Embargam
os meus olhos como chuva
Que
não pára de escorrer p’la vidraça
São
palavras lágrimas de mosto cor da uva
Fragmentos
que dão ser à tua raça
São
os sonhos nas quadras enchendo a alma
Palavra
cantada à capela comovida
Sentimentos
que a mágoa em si ressalva
Fragmentos
que dentro de si são a vida
Poema
invadindo de sangue palavras cansadas
Em
secretas entrelinhas de um soneto
Fragmentos
de veias rubras e esgotadas
No
coração palpitando maduro vivo e discreto
Palavras
fragmentos ungidas de emoção
Poesia
num lamento enrolada a um xaile negro
Já
a canto com a voz triste do coração
Sentimento
que fez ninho em meu segredo
…
musa
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