PENAS DA ALMA PARA A MÃO - papiro editora TEU CANCRO MEU - papiro editora RUSSA A BURRINHA TECEDEIRA - papiro editora À FLOR DA PELE DOS SENTIDOS DA ALMA - pastelaria studios editora
sábado, 13 de dezembro de 2008
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
sábado, 29 de novembro de 2008
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Ser de Sagitário
sábado, 22 de novembro de 2008
INSATISFEITA
Como sou insatisfeita
De uma alma cheia de penas
Sinto dores às dezenas
Tenho a vida já desfeita
São tão grandes meus pecados
Que a alma soluça tristemente
Aperto as mãos dedos cruzados
Caindo gotículas de suor quente
Não há homem que me entenda
Que por amor me queira bem
Que à terra minha vida prenda
A chão que não é de ninguém
Do mundo ando perdida
Não tenho senhor nem dono
Corre-me nas veias a vida
Foge-me da alma o sono
Já não vivo não como não durmo
Tão triste sentido é viver assim
Perdida sem fado sem rumo
Nas mágoas deste jardim
Uma leitura de PAPYRUS DE DOR E DE PAIXÃO
sábado, 15 de novembro de 2008
Aparição Sagitariana
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Carta do gato MIKI para a MUSA
Musa minha de meu dono! Musa única mulher! Como eu queria levar-te por meus telhados, em noites de lua cheia, vielas estreitas e sombrias, fedorentas misteriosas, correndo os caixotes do lixo, os terraços da vizinhança, como eu queria trazer-te a ele, como quando lhe trazia pequenos ratitos, só para lhe mostrar a minha agilidade de caçador felino, e vê-lo tão triste... amada dele... vê-lo tão só... quanta dor para um gatito solitário, ver seu dono ansioso, agitado, confuso, perdido numa frieza inteira de corpo e sentidos, tristeza de sensações e emoções... Mas nos seus leves gemidos há calor! Musa! Há amor escondido para descobrir, montões de carinho, toneladas de meiguice! Eu que o diga Musa!domingo, 9 de novembro de 2008
Do meu silêncio vou morrer tu & eu
...das farpas que espalhaste pelo chão... dispuseste em lâminas aguçadas... os cortes de dor e de paixão... que em brisas do meu silêncio... vão morrer despedaçadas...quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Nós das Raízes
Há um tempo cravado na memória
Que tem a ferros os nós das raízes
É feito de falas de dizeres de história
Tem tonalidades nuances matizes
Ergue-se do chão em forma de terra
Ergue-se à solidão do vale cercado pela serra
Ergue-se de sonho esperança fortuna
Tem o corpo feito do dia e a alma prenhe pela noite soturna
Há um tempo de verdes prados hortas e cercanias
Aldeias de ruas escuras molhadas sombrias
Searas malhadas cheias de gente
No pino do calor ingrato e indiferente
No inferno dos Verões o milho e os feijões pedindo água
Mais o tempo do Inverno gélido a ferros castigado pela mágoa
Há um tempo pendendo no tronco desse tempo feito escravo
Tem as mãos libertas de nós soltos desatados
Há um tempo morrendo no tempo sem apelo nem agravo
À solta de manhãs despertas para dias consagrados
Na penúmbra de memórias guardando em sonho ilusão
Curvado à sua glória pelo peso da emoção
Há um tempo que clama a meiguice do passado
É chão de palavra é chama de sentidos
Terra de vento lavrada pela mão do arado
Feita força da vitória dos vencidos
Daqueles que cometeram a graça do pecado
Há um tempo de nós
Que me prende às raizes desta terra sem nome ausente
Que faz gritar a minha voz
Que me conta de tudo o que tu me dizes sem querer
Num bailado de melancolia sorridente
Que mata de palavras felizes toda a fome de viver
Apanha-me no caminho ainda trémula de andar dormente
Que tráz pela mão o absurdo de aí tanto querer morrer
Há um tempo de tudo de nós de todos de troncos de raízes
Caminhar dolente afiado cortante e agudo
Tempo de vidas de toda a gente feliz e infelizes
Indiferente
A tudo
A propósito de NÓS DAS RAÍZES
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Carta aberta ao ...
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Olhar Céu Mar
Se pudesse mostrar-te agora
Nestes céus o meu olhar o céu e o mar
O maravilhoso infinito eterno dessa hora
Ainda alto o sol a brilhar
As águas a quererem tê-lo só para elas
Um leito sereno azul sem mácula de brisa
Imortalizado nas mais belas aquarelas
Prenhe minha visão que por aí desliza
O ar soprando sem lhe levantar os véus
Apenas meus olhos que o agitam de tanta excitação
E desse jeito te mostro o meu viver a minha razão
As voltas de encantos na brisa de sonhos oferecidos
Levando de mim no vento
Prantos há tanto tempo acontecidos
Por esse sentimento
E agora quem és tu que do seio do tempo
Me vens alimentar
De promessas de vida
Em que eu possa acreditar
Sentida
No crepusculo prateado te espelhas de alma como um sol doirado
Possa eu ser assim
Um ser nas tuas mãos um astro aprisionado
Quente cálido brilhante sem fim
Nesse ocaso
De luz
Afogueado
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Érato
Meu espirito disperso entre tuas dores felinas
Volto dessas palavras para num verso te dizer como me encantas como me animas
Deixei lagos riachos bosques florestas prados e montanhas
Fugi ao deus das árvores e da loucura
Na minha mão a imortalidade que tu já não me estranhas
Pois vês em mim toda a luxuria e formosura
Dessas noivas veladas botões de rosa encantadas
Num gracioso movimento de dança esvoaçando coroadas
E dessas nove noites consecutivas no teu leito escarpado
Nascemos nós as nove musas desse amor de Zeus e Mnemósine partilhado
Para te contar desejo do passado do presente e do futuro
No deleite que antevejo tão instável e inseguro
A de bela voz a proclamadora a amável a doadora de prazeres
A poetisa a de muitos hinos a que faz brotar flores a rodopiante a celestial
Se nos meus abraços não morreres
Quem sou eu
A amante sacerdotisa divinal
Que no pranto da natureza de palavras te dou o que não é mais meu
O que num verso erótico te inspira o irreal
Poema de Orpheu
domingo, 26 de outubro de 2008
Mar de Abandono ao Anoitecer
Porque deixaste a porta aberta
Ficou a tua porta aberta
Do tempo que te trouxe até mim
A tua existência secreta
Sem começo nem fim
Nesta casa deserta
Fui eu que quebrei o sonho caíndo de medo no chão
Dei-te todo o meu ser em cacos partido
Na impaciência do segredo de te ter no coração
Tão insistentemente sentido
Ficou em mim a planura da tua mão
Num tacto desejo à flor da pele
Nos lábios loucura teu gosto a paixão
Entre o amargo da dor e o beijo doce mel
Que em ventos brisas destas palavras perde sua razão
Fui eu que te abandonei
Por sentimentos secretos sem morada certa
De amor impuro me apaixonei
Deixando-te a porta aberta
Ficou-me a tua presença ausente
Rebelde lembrança que vou guardar
Nunca me foste indiferente
No tempo louco que vou te amar
sábado, 25 de outubro de 2008
Sei que voltaste...
http://www.youtube.com/watch?v=SMtaYdvg9cM
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Perto desta Musa sou assim parecida... mas outra alma tenho....outra vida....
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Flor de Beijo... para alguém 13/10/08
domingo, 12 de outubro de 2008
Lumiar
Ali na praia.... /
lumiar pela madrugada finda... /
descobri uma aurora prateada a brilhar sobre as águas... /
que te deixo aqui... /
o nascer do dia amanheceu ainda... /
já sem mágoas... /
húmido e quente cheirando a mar... /
e a demora... /
como na hora de um parto fumegante... /
sentia-se o cheiro a vida palpitante... /
que acaba de ser parida... /
começar... /
a noite já sem vida passou de um azul cobalto... /
para uma paleta de matizes... /
entre azuis e cinzentos ainda orvalhados... /
e serenamente surgiu o dia no horizonte alto... /
criando suas raizes... /
seus raios de luz espalhados... /
pela imensidão... /
sentida lumiar ilusão... /
embalada pela brisa de ventos do mar junto à areia... /
cheirava a sal e a silêncio disperso... /
e eu que tanto queria ser uma sereia... /
e ficar por ali sobre pedras molhadas... /
que contam de tantos anos que tem a vida... /
acabei caminhando rumo a casa... /
as mãos do corpo abandonadas... /
do meu pensamento perdida... /
o coração em brasa... /
pensando em arcanos que guiam de paixão... /
meus passos e sentimentos... /
e em tudo o que te diria em verso... /
dando conta destes movimentos... /
de vida... /
num reflexo... /
de solidão... /
sentida
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
PUNÇÂO LOMBAR - 07 de Outubro 2008
http://www.youtube.com/watch?v=q_904RjfdhQ
17 de Setembro de 2008 - 18H45
... quantas promessas ficaram por cumprir neste fim de tarde...
de todas as mensagens que recebi no tlm guardo aquela em
que tu me dedicaste o teu carinho na preocupação com o meu
estado de saúde... de longe davas-me conta de que não devia
cansar-me tanto assim.... mas eu adivinhava que o nosso fim
fazia parte daquela caminhada... e o cansaço era apenas para
eu esquecer a dor da separação... e com a brisa húmida do mar
deixava escorrer as minhas lágrimas de emoção e saudade ... no
fim todos os sentidos saíriam intactos... e eu aqui somente a
lembrar porque aconteceu...domingo, 5 de outubro de 2008
Rascunho de dor...
terça-feira, 30 de setembro de 2008
http://www.youtube.com/watch?v=EImwjnOaNyU
Corpos de Vento
SANGRAMENTO
deixa-me contar-te que sangrei
escorreram da alma os sentidos
já sou mulher
sangrei as lágrimas pela minha mão
penas da alma e do coração
as dores
as forças
as palavras
os sonhos
os desejos
os encantos
escondidos
automutilei-me de emoções
a solidão
os dissabores
a desilusão
os momentos perdidos
derramadas as mágoas
no pensamento
por feridas abertas na poesia
e os cortes transparentes
do sangramento
as mesmas ilusões
que eu teria
se ainda fosse
sentimento
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
A LOBA
Sou a loba que ouviste ao luar /
Descendo a clareira mansamente /
Uivando triste perdidamente /
A ganir e a soluçar /
Da montanha desce e traz a luz da lua /
A marcar-lhe o tempo no seu ventre cheio /
No olhar o uivo faíscando a noite nua /
Já o homem deita ao cavalo o arreio /
Dentro de portas guarda-se em segredo /
Quem é ela e do misterio faz-se medo /
Como brisa dessa trágica herança /
Também já eu soube guardar /
Um dia uma noite toda a minha vida /
Pequena memória da minha infância /
Os seus passos marcados sobre a neve fria /
Ficar guardando a noite gelada vencida /
Atrás da mortiça janela /
Bailado de luz velada e sombria /
Ouvindo o choro dela parece uma criança /
Ouvindo o grito maior ao sentir-se encurralada /
E os homens fazendo a espera /
Com archotes iluminando a escuridão enluarada /
No ventre pulsando a vida que há-de nascer na Primavera /
Na minha alma lua medo noite e um dia /
Sou a loba que desce ao vale /
Pelo caminho da clareira enevoada /
Com fome de palavras e a barriga vazia /
Procurando sustento espalhando o mal /
Sou a loba do tempo incauto dos sonhos e da fantasia /
Arrastando as minhas mágoas sobre o gelo do chão /
O alento que faz dela tão desgraçada /
Temente feroz animal /
Uivando na solidão /
A loba que desce ao curral /
Por estar esfomeada /
De palavras /
E de pão /
Ao Lobo Misterioso
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
100 MENSAGENS
Homem dos Sentidos
Há um homem que me acorda dos sentidos
Desperta em mim mansas longas madrugadas
Há um homem que me conta os sonhos vividos
Lança à terra rosas vivas brancas desabrochadas
Cresce em mim vontade de me multiplicar
Num louco frenesim de amor e de desejo
Cresce em mim paixão da vida a palpitar
Fico atormentada o dia que não o vejo
Meu corpo rebento verde que sai da terra fria
Neste chão húmido de calor onde eu me deito
Sou só a rosa branca numa jarra de vidro vazia
À procura de calmo descanso sobre o seu peito
Todo ele é ternura onde eu repouso sentida
Leito tìmido que me aconchega em demasia
Seus braços raízes que me prendem à vida
Na terra das horas doces da noite e do dia
Há um homem que me acorda dos sentidos
Traz preso na sua mão meu triste pensar
Guarda dentro de si sentimentos perdidos
Nos meus olhos lágrimas que ele irá chorar
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
ANTONIO ATAÍDE
POEMA NASCENTE












