sexta-feira, 7 de setembro de 2018

PARA SEMPRE ESPERAR-TE

PARA SEMPRE ESPERAR-TE

Os dias consumidos a esperar-te
Espera-se como quem tem certo
Ilusória vontade de te ver chegar
Sabendo-te talvez longe ou perto
Toda a distância pode imaginar-te

Longínqua espera sem desilusão
Breve a sombra desta caminhada
Qualquer porto de abrigo à solidão
Cais estranho onde não resta nada

De tudo desistir como se o cansaço
Embalo de todos os passos a esperar
Errante travessia aos confins do mundo
No sentir deambulante de vidro e de aço
Sem jamais permitir uma lágrima no olhar
No mais secreto desassossego profundo
Guardado o último beijo e o doce abraço
musa

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