quarta-feira, 19 de outubro de 2016

TÃO SÓ O FIM DO MUNDO

TÃO SÓ O FIM DO MUNDO

E por mais que meus olhos nada alcancem
A vastidão de ermos e outeiros em sentidos
A solidão de nos ter-mos assim esquecidos
Entre lágrimas e mágoas e sonhos dancem

Bruxas subam aos altares do sacrifício
Na pedra ritual dos mistérios antigos
E seja essa a forma a prece o vício
De talvez consumar perdões e castigos

E fiquem as marcas o testemunho vivo
Tão só o fim do mundo além das montanhas
Um tempo perpétuo nas pedras perdido

E quando lá voltares sintas o frio desassossego
No mais secreto silêncio dessas cousas estranhas
A deixar na alma um arrepio de profundo medo
musa 

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