DAS HORAS SEM TI
Horas malditas
Este desespero desilusão
Que teima monotonia
Tempero de mágoas escritas
Em receita de solidão
Versos de poesia
Pranto de seda
Choro de vidro
Tristeza de lã
A boca uma amargura fria
A pele em labareda
O olhar um crivo
A alma angustia vã
O corpo gelado e sombrio
Do entardecer à manhã
A vida um sopro um fio
Que horas de desgraça e cansaço
E demoras tanto com o teu abraço
Que já nada sei deste sentir
Cristal cantaria ou de aço
Sou a pedra mole de existir
Uma lágrima chorada por ti
E tudo o que por ti já senti
...
musa
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