segunda-feira, 17 de outubro de 2016

RETORNO

RETORNO

Quando aqui volto
Deslizo memórias
As ruas que dantes eram pequenas
De portas escancaradas
De vozes aconchegantes
De escadas como abraços
Agora
Um hiato de nostalgia
Vai unindo as histórias
As presentes e as distantes
Abrindo as janelas fechadas
Perdidas ao abandono
Umbrais de cansaços
À espera de um retorno
É chegada a hora
De arrancar raízes
Para trás ficaram as estátuas de sal
Os dias ingênuos e felizes
A doce amarga fantasia
Do olhar colossal
Sobre o passado
Quase tudo é poesia
As ruas cresceram e fizeram-se compridas
As portas e as janelas já não ficam fechadas
Umas abertas outras ainda secretas
E as lembranças esquecidas
Ficaram do tamanho de pequenos nadas
...
musa

Sem comentários: