segunda-feira, 1 de agosto de 2016

AGOSTO É TÃO FRIO


À margem deste sol de veraneio
Esta languidez com que dispo dor e pranto
Este torpor lasso e feio
O tempo escorre seco e manso
Esta angustia em espelho retalhado
E o ar de tão carregado e quente
O corpo moribundo cansado
Flutuantes saudades em céu da boca
Debaixo das lagrimas que a tristeza consente
À chuva do sol corro rio danço
Agosto o rosto da valsa triste e louca
O espelho partido amargurado
Da amante pérfida e demente
E o Verão arrasta as correntes da vida certinha
Enquanto a solidão madrasta nos ensina
Existem invernos no calor estival
A vida esse cruel animal
Caça ao sol e debaixo da morte caminha
...
musa


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