PARTIR
Um dia
Haverá uma borboleta
a esvoaçar
No teu pescoço
Para no entanto
Saberes o peso de um voo de despedida...
e sentires como o tempo queima as asas...
de saudade...
na vida...
Talvez os Agostos bailem nas penas do medo
E o arame esticado do fogo a arder
Acenda o desejo em húmido sentir
Em segredos inconfessados
Num voo raso de prazer
Esvoaçado sangrento odor de queimado despedir
De olhares e lábios fechados
Quando todos os silêncios deixarem de sorrir
Do planalto do teu ombro
A loucura do querer
Sem saber para onde ir
Ou partir
E morrer
...
musa
O bafo quente do vento metálico a deserto visceral de areias em labaredas ruborizando o céu da madrugada ainda por acender o dia...
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