segunda-feira, 22 de agosto de 2016

O GOZO DA VIDA


A dor a morte e uma lágrima
E primeiro que a primeira traga a segunda por um segundo
Abre-se caminho para a tristeza 

Os mais insanos devaneios do mundoUm passeio repleto de lágrimas tristes
A doer mortas de pranto
Chorar faz bem à alma
Mas dói tanto o choro enfurecido
A lagrima que acalma
Endurece o sentido
Da vida
Sofrimento asas de borboleta
Em voo a ferida
Volteia a esvoaçar
A dor secreta
Solta do olhar
Aguda insuportável
Massacra ferimento
Sem se ver
Absurda inimaginável
Tortura pensamento
Faz entristecer

As palavras doridas
Afagam-nas o cansaço de sentir
O abraço da borboleta no bico da pena
As asas enfraquecidas
O tempo a ferir
O verbo do poema
A seiva dor do ombro oferecido
Poiso de um voo em movimento
A escalar o desalento
Desta etapa da vida
Um instante perdido
No meigo sofrer
O gozo vivo
Que é viver
...
musa

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