UMA POETA ENTRE AMIGOS DA POESIA
ALICE MACHADO, autora de uma
consagrada e vasta obra publicada em prosa e poesia, quatro romances e três
antologias de poemas, assim como dois ensaios literários, fruto dos dois
mestrados pela Universidade de Paris, um sobre o filosofo Gérard de Nerval, “Figuras
femininas na viagem para o Oriente de Gérard de Nerval” 2007 e outro sobre o
poeta françês Baudelaire, “Baudelaire, entre alvorada e crepúsculo” 2010,
consta ainda de várias edições poéticas, tal como o seu poema “Os Gigantes”
retirado do livro recentemente editado em Portugal pela editora Calendário das
Letras, incluído na Antologia Parlamentar de Poesias publicada pela Assembleia
Nacional Francesa.
Foi convidada de honra do Salão
do Livro da cidade de Paris. Participa em vários festivais internacionais de
poesia e muitos textos seus são publicados em revistas literárias europeias, e
participou no evento cultural literário de Moçambique, “ As Pontes Lusufonas”
com a presença do Prémio Nobel da Literatura José Saramago e outros escritores
da diáspora portuguesa.
Recebeu algumas distinções pelo
seu trabalho literário, tendo sido a primeira mulher a receber a medalha de
Honra do Parlamento Português em reconhecimento da sua obra, e o prémio Label
da revista ELLE.
Nasceu em Trás-os-Montes, vive em
França há mais de vinte anos.
Publicou a primeira vez em 1991 o
romance “ À Sombra das Montanhas Esquecidas”.
“A Cor da Ausência” em 1999.
“O Vale dos Heróis” em 2006.
“Os Silêncios de Porto Santo” em
2003
E na poesia no ano de 2000, “As
Horas Azuis”.
“A Agitação dos Sonhos” em 2002.
“Os Sonhos de Rafael” em 2011.
Filha de dois países, como ela
mesma se define, “tricota” as letras em françês, mas também ajuda na tradução
da sua própria obra.
Mulher simples, doce, sensível,
frágil, misteriosa, mestra no recato do pensar, (des)oculta as palavras, as
mais tacteis, as mais duras, as mais nobres, mostrando à flor da pele uma
pelicula de enorme sedução que inebria por esse mistério da sua obra
apaixonante, insondável na capa que veste, mas transparente nas palavras que
escreve, como profetisa capaz de crucificar o poema em jeito de oração,
mostrando-se discipula de Miguel Torga, Antonio Nobre, Charles Baudelaire,
entre tantos e consagrados da poesia, revelando-se figura de granito e
fragilidade de chuva, pedra e feno, rochedo e orvalho, transportando o seu EU
nas palavras que tece de memórias, saudades, perdas, lutas, jubilos, êxtases,
fascínios, dramatismos, contradições, valores, regras, indultos, virtudes, que
como diz o prémio Nobel da Literatura português, José Saramago, “ A escrita de
Alice Machado é habitada pela vontade incessante de aceder ao humano, como se
ela quisesse revelar a parte sublime que existe em cada um de nós.”, numa
unificação de identidade onde apaziguar dores, exultar alegrias, entrincheirar
saudades, escrever poesia para respirar e viver sabendo que carrega a metáfora
da morte na eternidade do sentir legado escrito.
A Associação Cultural GATO VADIO, na
Rua do Rosário, nº 281, acolheu-a na cidade do Porto, pela mão de Teresa Teixeira e ana barbara santo antonio, na frescura de uma noite
de fim de Agosto, trouxe-a a partilhar as suas impressões sobre a prosa e a
poesia, como se um bando de gatos de telhado tivessem escolhido o seu herói
para descobrirem mais palavras pela noite adentro e por cima dos telhados do
casario do Porto deixassem marcas de inspiração poética.
Muito grata Alice Machado por
teres vindo visitar-nos e dar-nos a oportunidade de conhecer a tua obra
literária.
...
ana barbara santo antonio
Sem comentários:
Enviar um comentário