quinta-feira, 14 de julho de 2016

TALVEZ UM DIA


Talvez um dia
Eu seja a borboleta
A voar para o teu pescoço
No planalto do teu ombro
Na planura secreta
Na fundura do poço
Na lonjura o rombo
A deixar escorrer a luz discreta
As fendas dos sentidos
Em orvalhos humedecidos
De lágrimas transcendentais
A romper a pele do teu rosto frio
A coberto da penúmbra temporal
As emoções carnais
O pranto sombrio
Das lágrimas viscerais
Tão perto dessa luminosidade espiritual
Uma réstia de loucura
A esvoaçar
Ou talvez a ternura
Que eu vi no teu olhar

De voos de borboletas em sentir
Talvez um dia eu volte a existir
Para poder te amar
...

musa

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