Morrer
para ficar perto de tudo
Só a
morte me aproxima de todas as vontades
A
inexistência do absurdo
Das
pessoas das coisas do sentir
De todas
as contrariedades
E deixam
de fazer sentido, as palavras na distância
Faz
sentido existir
Os
sentimentos fazem sentido
Fazem
sentido as coordenadas de consonância
Faz
sentido este querer
Este
desejar morrer
Até ao
esquecimento
Dissipa
se o medo em ânfora vazia
Nada mais
há a temer
Apressa
se a viagem do descontentamento
As tiras
brancas da alva loucura
Na alcova
estreita e macia
Eternizando
o tempo
Em cetim
e mester
Sonho e
nada
Silêncio
e ternura
Vida
desolada
Só a
morte em doce descanso
Inefável
mesura
Dócil
táctil meigo manso
Abraço de
vida perfeito
Abrindo a
vala do peito
Dá
guarida ao cansaço
Acolhe a
ultima vontade
De pedra
madeira chumbo aço
Fecha se
em intimidade
Inquestionável
ser
Talvez um
dia saiba a verdade
Porque
vivemos para morrer
...
musa
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