domingo, 13 de dezembro de 2015

VONTADE

Morrer para ficar perto de tudo
Só a morte me aproxima de todas as vontades
A inexistência do absurdo
Das pessoas das coisas do sentir
De todas as contrariedades
E deixam de fazer sentido, as palavras na distância
Faz sentido existir
Os sentimentos fazem sentido
Fazem sentido as coordenadas de consonância
Faz sentido este querer
Este desejar morrer
Até ao esquecimento
Dissipa se o medo em ânfora vazia
Nada mais há a temer
Apressa se a viagem do descontentamento
As tiras brancas da alva loucura
Na alcova estreita e macia
Eternizando o tempo
Em cetim e mester
Sonho e nada
Silêncio e ternura
Vida desolada
Só a morte em doce descanso
Inefável mesura
Dócil táctil meigo manso
Abraço de vida perfeito
Abrindo a vala do peito
Dá guarida ao cansaço
Acolhe a ultima vontade
De pedra madeira chumbo aço
Fecha se em intimidade
Inquestionável ser
Talvez um dia saiba a verdade
Porque vivemos para morrer
...

musa

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