As
pessoas sentadas
Embalam a
escuridão
Tacteiam
com a mão
O penhor
da salvação
As
cadeiras alinhadas
No escuro
do porão
Ouvem se
as luzes
E em
jeito de persignação
Três
vezes as cruzes
Em sinal
de eleição
E a voz
do poema
Bate de
silencio escuro
A acalmia
serena
No
espanto da emoção
O sentir
inseguro
A dúvida faceira
A dúvida faceira
O suave
dilema
A
degustação
A cegueira
A cegueira
Fico ou
vou embora
Se a luz
demora
Fujo
daqui
Mas eis
que chega o verso
E um
ténue crepitar
Como
cintilantes estrelas do universo
A
escuridão brilha no olhar
Iluminando
o que senti
...
musa
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