SOPRO
Aceso
lívido respiração olhar
Atónito
sentido a querer sentir
Apenas
um suspiro a naufragar
Onde
chegar é sempre partir
Sopro
de asa na conjunção
Arte
temporal nobre iniciada
Estendal
versos imaginação
Fruto
da vertical atravessada
Respira
verso solto na atadura
Das
palavras sons respiradas
Como
se forma fosse loucura
Assim
no poema enformadas
Sopro
húmido frio nevoento
Quase
vendaval cálida bruma
Voz
silêncio respiro cinzento
Sobre
as palavras a espuma
Melodia
edificada sonoridade
Soprada
aos ventos rochedos
Espandem
o eco sensibilidade
E
conta ao mundo os segredos
…
musa
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