SEM-ABRIGO
Espaço
vazio silêncio e gente ausente
Navegas
Vulto
triste empalidecido
Olhar
distante pardacento
Vagueia
insiste esse sentido
Ser
folha solta asas do vento
A
vida sem regras
A
fome na ponta dos dedos
Por
contar mil segredos
A
loucura pregas
Olhar
navegas
Nos
medos
O
chão
E
a noite senha
A
resenha do sentir
Cinco
sentidos
A
solidão
A
luz
Sem
crime ou castigo
No
seio sem abrigo
Alimentas
a noite
Corvo
desilusão
Carícia
ou açoite
Reclamas
a razão
A
ilegalidade
O
desespero
Estendes
a mão
E
dizes: já nada espero
...
musa
Leio
em voz alta e fico na ilusão que não estou só!
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