domingo, 27 de abril de 2014

ALVOR DO SER

ALVOR DO SER

dócil serena a madrugada deixa-se ser
velada ténue claridade da sombra alvor
e dessa serenidade timida transparecer
sublimada alvorada transfigurado amor

vem da escuridão manchar luz alvorecer
réstia translúcida da noite em pedaços
partículas estrelas cumprindo florescer
no firmamento amor despertados laços

alvor do ser do sentimento e do sentido
ao além que os olhos da alma vão alcançar
madrugadas em pensamento não cumprido

sei que um dia breve perderei essa alvorada
pois deixando orfãs as palavras do meu olhar
resta-me o ser um pouco de tudo e quase nada
musa



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