sexta-feira, 11 de abril de 2014

SOLIDÃO AZUL

SOLIDÃO AZUL

Procuro a poeira das estrelas à flor do sal
das lágrimas das marés adormecidas
na dor embrulhada de tristeza
em manto de negrura e frialdade
no sossego das ondas entristecidas
embalo um abraço de saudade

Não sei se há na solidão beleza
Aconchego num abraço de névoa carnal
Um olhar estendido em lonjura e singeleza
Onde o mar possa ser leito sepulcral
De toda a promessa de incerteza
Entranhada no meu peito de choro e sal
Azul espanto de doçura e clareza

A tristeza é essa semelhança com a dor
feita de uma solidão embainhada na negrura
da manhã em alvorada de lágrimas sem cor
de uma névoa que nos envolve de loucura
em capa negra de adormecido amor
e que junto ao mar uma lágrima procura
ser do olhar réstia de sal em flor

musa

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