terça-feira, 19 de novembro de 2013

SONETO DO DESCONTENTAMENTO

os meus olhos humedecem lívidos prisioneiros
de um cansaço que adormece nos meus braços
esgotados tecem laços de sentidos traiçoeiros
que molham as faces ao brilho dos olhos lassos

escorrendo sentimentos em lágrimas perdidas
o olhar lividez esvoaça como aves migratórias
em bandos voos partem em choro combalidas
como alguém que atento ouve tristes histórias

olhos fincados num além de um horizonte presos
à espera de um vento que varra de sossego lugar
desse espanto do sentir em movimentos surpresos

na prisão sentimental das lágrimas pensamento
ficam as palavras humedecidas por chorar
o que por dentro é somente descontentamento
musa

1 comentário:

Filipe Campos Melo disse...

Somos todos aves migratórias

Tua poesia sempre move

Bjo.