as ondas saboreiam as dores dos poetas
calcam as palavras de areias húmidas
lavam o areal de penas secretas
deixam sobre as areias brancas espumas
cobrem de vagas feridas desfeitas
saboreiam fingidas doridas escunas
são da tempestade desferidas malfeitas
quando o vento invade e varre as dunas
mar leito de ondas punhais tão negros
cravados no peito dos cascos perdidos
há um silêncio bruto enraivecendo medos
caindo em bátegas de chuva de sentidos
…
musa
(dedicado pela gata das claraboias altas)
(dedicado pela gata das claraboias altas)
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