Na timidez profusa de um silêncio entre paredes
Lanças palavras sem tempo nem pensar e nessa
ousadia
São como peixes entontecidos apanhados nas redes
Dos sentidos a naufragar marasmo da fantasia
É o teu ser a casa escura que trouxe ao mar
profundidade
E o teu rosto despojado à minha espera um cais sem
pontão
Amarras as mãos da loucura onde navega a ansiedade
Rosto mãos e o ser vagas soltas em águas solidão
Amor são os teus olhos e o sentir devoluto e
ardente
Brilho de sal e sentidos no olhar suado do gozo amante
Quase como um sol a esmorecer para além do poente
Quando tudo e todos já te sabem cumprido e
distante
E hoje em Junho vieste aos Maus Hábitos no Porto
Sentado defronte a uma multidão ouvindo vendo-te
falar
Era a casa cheia em escuridão e o olhar atento
absorto
José Luís Peixoto na t-shirt um galo por cantar
…
musa
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