Amordaçadas sombras quietas
Onde a brisa despedaça sentidos
Imagens sem luz despertas
Adormecem em fiapos desprendidos
De lentas impetuosidades abertas
Na sombra escura do sentir
Onde jazem esquecidos
Sem poder fluir
Fluem escuridões altaneiras
Sombras prostradas no chão
A luz de alucinações fiandeiras
Tecida no tear da solidão
Fiapos tombam negros na calçada
Por entre gigantes de cimento
A rua adormecida na madrugada
Serena a ilusão do pensamento
A negra pedra sombra clareada
Sombras estáticas da agitação
A negra sombra do esquecimento
Na escura dormência azulada
Dorme no desassossego da inquietação
Como se o silêncio fosse nada
A luz uma sombra em movimento
Em toda a sua forma desesperação
E o sentir aquietando o sentimento
Por dentro essa força iluminada
Na calçada do ser assombração
…
musa
2 comentários:
O ser e o sentido do ser...
Reflexões e as "assombrações" que parecem assaltar-nos. O desassossego da alma em brumas envolta.
Poético, este poema!
Bjo :)
A sombra que ensombra o verso
tecida no tear da solidão
Bjo.
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