Vou-te confiar os meus silêncios
Ambos sabemos o topo da imaginação
Peregrinamos por palavras
Romeiros de sentidos
Caminheiros de ilusão
Errantes perdidos
Numa infindável sensação
De sentires desconhecidos
Confio-te o meu sentir
Em silenciada paixão
O mais intimo dos saberes
Onde o silêncio vai convergir
Cruzando todos teus dizeres
Na calada utopia desse imaginar
Feito de vontades anuências quereres
As minhas vivências liberdades afazeres
E tudo o que eu puder alcançar
No topo profundo de ti
Direi pois ao mundo
E nada direi sobre o silêncio
Direi dos sentidos do que senti
De todo este sentir em que me afundo
Todas as palavras incompreendidas
Viajantes interiores do ser
Silenciadas cruas e sentidas
Escritas por dom e por prazer
Direi em lagrimas paralelas
Na oblíqua demência desse choro
As lagrimas deixadas acontecer
Abertas de par em par como janelas
Nesta sensibilidade em que me demoro
E choro de palavras sem saber
…
musa
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