Sou toda o tempo
As horas roubadas ao tempo de dormir
De longe o tempo do mundo
Eras tu que me contavas
Desse fugaz momento
Em bandos de palavras
Desprendida num choro de lágrimas
Ao morrer de rir
Eras tu
Um sentido tão profundo
O tempo de fechar os olhos tão cansados
Os nervos da mão entorpecidos e esgotados
O tempo de acabar esta rima
De afagar a mão que se estima
De quem nos vem lembrar
Que é tempo de dormir
E com os lábios a sorrir
Diz que vai sonhar
Talvez partir
Mas a poesia é voraz
É tempo de sentir
É algo que em alegria nos faz
Sentir o fervor destes versos ateus
Sentir escrevendo com o pensamento
A força do olhar silêncio na palavra sentida
Pelos olhos meus
Sentir
Que viver
Que o tempo
Que a vida
É apenas o momento
De morrer
Sentindo
Poesia
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