De todos os chackras proibidos
Passagem secreta do karma virtual
Fluxo de todos os sentidos
Na busca fatal
À procura de mim
No outro inventado
O pajem de cor carmim
Pelo bolso rasgado
Tombam-se as almas perdidas
Arrastam-se numa fuga deliberada
À mão das energias vendidas
Pela auréola resplandecente
Assim libertada
Numa meiguice de mãos impostas
Como uma brasa incandescente
O corpo deitado de costas
Num ritual indecente
As mãos lambem o lodo carnal
Excreções adocicadas de água e sal
Amassam
Sulcam
Repuxam
Toda uma maré de sentidos
Sensações de esforços que abraçam
Os olhos fugidos
Às visões cruas da nudez
As mãos nuas ungidas pela nitidez
Enlaçando o olhar de calor
Numa meiguice e timidez
As forças perdidas
Num gesto de dor
Rendidas
Ao espalhar os óleos sagrados
Numa ânsia ardor
Sentidas
Limpam todos os pecados
Da vergonha
Do pudor
E da insensatez
Com a mesma simplicidade
O mesmo querer
Como se cheira uma flor
Sem saber
Na verdade
O que se fez
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