sexta-feira, 30 de setembro de 2016

SEMPRE SAUDADE

SEMPRE SAUDADE

E vem o denso nevoeiro a esvoaçar
Pássaro neblina deixando o areal
A praia em abraços de terra e mar
Tão de sentidos tão de alma tão carnal

Como são as saudades por quem não vejo
E o silêncio espesso e profundo derrama
Da pele do sentir e do olhar húmido desejo
O inevitável sentimento por quem se ama

Que importa a luz coada sombria frialdade
Que o corpo arrepia em toada de prazer
Que tanto é em mim este grito de saudade

De amor sedenta em impossível destino
Quero somente seguir a claridade e morrer
Deixem- me então entrar no nevoeiro e seguir caminho
musa 

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