quarta-feira, 28 de setembro de 2016

NOITE

NOITE

As portas rangem o medo
Sangram de barulho a noite
O mais provável açoite
A abofetear o segredo
Na escuridão

Do silêncio da noite
Essa ingratidão
Fico a ouvir
Espessa quietude
Trespassa a negritude
A plenitude
Lança de aço seda sentir
Rasgo de vidro em lassitude
A noite silente parece dormir
Sossegado instante amplitude
Grita o silêncio ao existir
Com esta magnitude
Brilho profundidade
Negra e deslumbrada  hora
Filão de intimidade
Onde a penumbra demora
A luz a refulgir
Intensidade
...
musa

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