OUTONAL SENTIR
Como orvalhado instante da madrugada
O morno calor da natureza ainda adormecida
A fumegar a luz no chão da alvorada
Tremula agitada ardente humedecida
Desprende em fio a teia em pérolas a mão
Vai tecendo a vontade em doido desejo
Ponto a ponto gozo a gozo excitação
A natureza morta ressuscitada pelo beijo
Lá no lugar da clareira onde morre a luminosidade
Sol nascente escondido pela folha do querer
Desponta em gemidos a madrugada intimidade
Rasga num grito a molhada carnal loucura
Nasce aurora outonal em afogueado prazer
Intenso e profundo o tempo que a tortura
...
musa
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