PEDRA DA MORTE
Sou estas pedras semeadas flor de sal
Grosso granito basalto ou xisto florido
Sou a carne o sangue a alma o sentido
E ainda a magnânima essência natural
Com que escrevo as palavras em poesia
De marés agrestes do alto da montanha
A respirar ofegante horizonte e maresia
Rochedo que encandeia de luz estranha
O poema murmurado grito em vendaval
Do alto mar ou da terra em prece a Deus
Sei e sinto em mim a veia transcendental
Dos versos que enfraquecem a minha vida
Como tempestade vinda em pranto lá dos céus
Chovem pedras iluminadas pela partida
…
musa