quarta-feira, 25 de maio de 2016

TRANQUILA IDADE

TRANQUILA IDADE

A casa é um sossego pintado de fresco
A tranquila idade descansando nos umbrais
Das moradias da loucura e do medo
Do regato que em segredo atravessa os canaviais
A bucólica estação da saudade
Na avenida das profundezas da memória
A vida no luto lento da fragilidade
Em ascensão de gozo e glória
Da brancura do casario já só resta o passado
E uma rua que o tempo abandonou
Corria um rio de ternura de caudal que o pranto engrossou
Um choro intranquilo e bem pesado
Leito profundo sepulcral
Margens que o silêncio transbordou
Na mais doce manhã de inverno
E quando o dia acordou
Era o sonho eterno
Inominal 
...

musa

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