quarta-feira, 30 de outubro de 2013

SÊ A SEDE DO SENTIR

Sê o silêncio que eterniza
Sombra palavra que fere
O vento breve da brisa
Que aos sons adere
O grito inferniza
Silente sentir
Ameniza
Existir

Sê a bruma que desliza
Sê a sede sentir
A seda a cair
Imprecisa
Pele do verso
É em mim
Universo
E fim

Sê um risco no tempo
Traçado sem jeito
A veste sentimento
Que me aperta no peito
O sangue a florescer
Pleito a insistir
Esta louca dualidade
Ser e não ser
E de mim desistir
Mentira ou verdade
Ser e coexistir
Viver ou morrer
Sê de mim a ilusão
O verso breve
A desilusão
A saudade
A solidão
A vida que me teve
Sede do sentir sim e não
Pesada e leve
Poesia em refrão
Poema paixão

musa

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