terça-feira, 8 de outubro de 2013

MÁRMORE NEGRO - a SANTIAGO BELACQUA


Alado sentir mármore negro a esvoaçar
Em sombrio lugar a mente espreitava
Teu espectro andante levando olhar
A noite que em teu corpo vestia nada

Segredo jazia frio repouso eternidade
Semelhante descanso etéreo sono final
Havia nos teus olhos tumba de saudade
Escondidas lágrimas em peito tão carnal

Silhueta profanada de desentendimento
Onde o universo enterrou todo seu sentir
Corvo negro amansa liturgia descontentamento

Contigo as palavras pedem a prece descarnada
Devolvendo a luz mansa de um prelúdio existir
Homem que és tudo feito de sangue e de nada

musa

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