quarta-feira, 23 de outubro de 2013

CAES E GATOS E POEMAS E DOCES

Tenho um poema um cão e um gato
E palavras misturadas com receitas de doçaria
O cão tem olhos doces e dorme no chão do quarto
O gato espreguiça-se à porta da padaria
Em casa cheira a pão quente castanhas assadas e café
E as palavras são adentro alma corpo e fé
Em mim o verso que nunca é terminado
Em qualquer refrão de poesia
Há um poema inventado
De sonho e fantasia
A sair-me da mão
Noite e dia

Pelos cantos da casa percorrem odores
Fareja no ar sensível entendimento do cão
As vezes parece mesmo um menino
Regando no jardim as flores
Com seu olhar canino
E a doce ilusão
Do sentir

O gato de olhar felino
Parece o meu proibir
Cruzamos o destino
Inventamos existir

Se um dia morrer e reencarnar
Vai ser difícil consentir
Almas carnais com vontade animal
E deixar em mim acostar
Um navio de olhares companheiros
O gato e o cão e o poema por igual
Sentidos em mim prisioneiros
Mar dos olhos sepulcral
De inominada poesia
Receita terna e doce
Adocicada serena
A minha vida em demasia
Onde quer que fosse
Cão gato ou um poema

musa

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