domingo, 4 de novembro de 2012

INVERNO DE PELE E POESIA - para o João


Teu ser é em mim eterno
A cada voltar um nunca despedir
Cio de pele do sentir
Tem aromas de inverno
Fogueiras por queimar
O cheiro da carne com madeira
No ar aspira-se o sabor do frio
Nos teus dedos sândalo e surpresa
No teu olhar desejo e cegueira
Na tua boca vontade sempre acesa
Na tua mão escorrendo meu rio
A cada orgasmo uma certeza
Escalas poro a poro cordilheira
Em montanhas de inóspita beleza
Aqueces-te no meu corpo do teu frio
Semeias em mim teu olhar tua pele
Teu ser ausente e tão sombrio
Teus olhos de amor quase mel
Em ventos de pulsões e de querer
Ventanias de emoções e de prazer
Chuva na carne de sentidos e doçura
Sentir de ternura e de loucura
Inverno de pele e poesia
Sentir que no tempo perdura
A cada instante a cada dia
musa

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