quarta-feira, 28 de novembro de 2012

PARTIR


Em busca de um reencontro
Sem nunca olhar para trás
Sem ver luto ou choro
Interior confronto
Nada satisfaz
Nesta dor em que me demoro
Já tanto me faz
E tu… onde é que estás agora
Porque esta minha demora
De contigo partir
E a tua partida sentir
Nesta alma que chora
Triste sentida
Poder partir no desvario
Desse olhar vítreo frio
Desapegado da vida
Cansei de existir
Cansei desta dor
Cansei do ser
Quando eu partir
No luto no choro no amor
Levarei prazer
Será um caminho sem fim
Um pontão a lugar nenhum
Um adeus sem doer
Um soltar-se de mim
Todos os medos um a um
Todos os avessos do esquecimento
Todos os recomeços do descontentamento
Partir por essa estrada fora
Por cima da neblina densa e mansa
Onde o meu sentir descansa
E o pensar se demora
musa

2 comentários:

Lídia disse...

Por cima da neblina densa e mansa
Onde o meu sentir descansa
E o pensar se demora

PARTIR... TALVEZ SEJA CONTRACENSO!!!

1 BEIJO ANABARBARA!!!
PELO BONITO POEMA!!!

LÍDIA

Teresa Almeida disse...

Na dor a tua poesia vai além dos limites - ganha uma outra dimensão.
Na tua voz ecoa a beleza e a intensidade da palavra.

Eu já tenho vontade de te encontrar, amiga.
B