Na luz de uma
história antiga
Uma dor
caminha inesperadamente
Ensombra de tristeza
a minha vida
Que implora
sentidamente
Que Pai assim
me castiga
Que dor assim
me consente
Coroada de
palavras como espinhos
Num verso de
pregos em pés e mãos
Aceito de
poemas teus desígnios
Sonetos de
sentidos em refrãos
Talvez esteja
a luz onde a dor existe
Desassossego inesperadamente
em mim persiste
Nos trilhos
dos passos no calvário dos caminhos
Que corpo e
alma ateia e por dentro insiste
Enleia na
tortura de outros destinos
Deste sentir
que de mim já não desiste
A cruz que
tantos carregaram de pequeninos
Em mim
deixaram dores de peregrinos
Dissabores amargos
clandestinos
Choros de
raiva cristalinos
São lágrimas
duras de cristal
Por dentro
desespero e ventania
Sinto-a a
pena como um punhal
Escrevo a dor
em poesia
…
musa
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