MANHÃ SUBMERSA
Séquito altivo abandona a escuridão
Mansos ventos descem no areal
Um manto de bruma a rondar a solidão
Abrindo dos céus humedecido portal
E vem das águas sobre as árvores serenas
A envolver a espessa folhagem renascida
Como se do sal das lágrimas a vida
Fosse a vaga coisa pouca das marés amenas
Explode manhã submersa de fria luminosidade
Um bafo brando e rouco das águas a bater as areias
O nevoeiro abraçando os telhados ao despertar da intimidade
Submergida a noite num sossego de frialdade
Adormecidas as estrelas nas luas das candeias
Junto ao mar a terra num silêncio cumplicidade
...
musa
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