terça-feira, 15 de maio de 2018

DOÇURA


DOÇURA

Na penumbra do tempo o açúcar da luz
As mãos bordando as horas de suaves violetas
O odor da infância que ainda seduz
De versos perfumados as mãos dos poetas

E os cabelos brancos e os afagos dos abraços
E os passos na calçada ao amanhecer
Na cesta um pouco de tudo até ao entardecer
Para regressar a casa com os mesmos cansaços

E os olhos cheios de um violeta profundo
Eram azuis mas há tanto tempo mudaram de cor
Carregam consigo toda a serenidade do mundo

A velhice é um raminho de violetas num jardim
Perfumadas de saudade balança o tempo e o amor
Quero as comigo quando estiver por perto o meu fim
...
musa

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