Que linda
mulher oriental
De olhos
cor de uva
Tão
humana tão carnal
Pareciam
amendoados
Mas não
São bagos
Ainda
orvalhados
Pelas
lágrimas que os turva
Em tarde
de chuva no fim da estação
O dia
queima a madrugada fria
Toma se
de cores em solidão
Póstuma a
tarde macilenta esfria
Lágrimas
de uma mulher em sofreguidão
Na tela é
a luz que chora
As tintas
esborratadas
Trazem à
cor a confusão
Na mescla
dos olhos de uva
Onde a
tristeza se demora
As cores
assim desmaiadas
Prolongam
dos riscos a curva
O tempo
que não tem mais hora
As
lágrimas imortalizadas
Da mulher
que chora
...
musa
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