SERENIDADE
"... porque me olhas com esse olhar de Gioconda...
o teu rosto é de uma serenidade assustadora... ai se o
Leonardo da Vinci presenciasse essa melancolia...
por onde andas mulher serena..."
Há uma torre de marfim
que esconde búzios e pérolas
nácar serenidade
E pedras batidas
pela força do mar
um rasgo carmim
meiga tonalidade
onde teu rosto
são os lábios que ouso beijar
para naufragar a saudade
no esboço de um sorriso secreto
desperto a vaga que tomba no olhar
e serena fica a brilhar húmida água
tímida mágoa areia do deserto
onde não possa atravessar
de luz o teu sentido
e o meu rosto impreciso
atravessado de luminosidade
num esgar de claridade
e gozo desmedido
e gozo desmedido
parece pura melancolia
mas é somente poesia
pintada de sal e saudade
...
musa
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