Sinto a tua ausência
olho o mar e sinto
humedecida
transparência
sinto
a minha saudade rindo
dócil
inocência
adentro
partindo
teu
ser ausente
de
mim
esta
saudade sem fim
tivemos
tão pouco e tanto
quase
escrevemos um livro
manchei
as folhas de pranto
fiz
do meu peito teu abrigo
ao
sentir-te assim
ainda
lembras as nossas conversas
morria
as horas contigo
o
tempo deixava-se levar
em
demoras dispersas
sonhavas comigo
deixava-mo-nos na voz embalar
escutando-te
horas a fio
lá...
onde o mar encontra o rio
no
abraço da foz
havíamos
nós
poesia
e
o amor
e
agora... vagas de saudade
misturam
águas melancolia
em
nostalgia demora a dor
tantas
mágoas na eternidade
o
riso em pranto e flor
entrelaça-se
de sal e doçura
em
estuário areal
abraça-se
o rio e o mar
há
no peito humedecida loucura
no
horizonte aurora boreal
a
tingir de saudade o olhar
e
num rasgo lento de ternura
surreal
inspiração
inundas
de sentir a minha lembrança
quase
um grito de paixão
ainda
pode haver esperança
para esta saudade sem solidão
para esta saudade sem solidão
…
musa
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