TEMPESTADE
NO MAR
são
grossas gotas de uma fúria por inventar
chap
chap chap
ensurdecedora
tempestade se abate no mar
frotas
de barcos perdidos na escuridão
agigantadas
vagas tombando nos convés
em
silenciado medo invadido de solidão
a
chuva intensa engrossando marés
o
dia fazendo negra noite de carvão
e
um senão de tantos e profundos talvez
chap
chap chap
tomba
a chuva em diluvio obliquo estranho
não
há equilíbrio nem horizonte no pensar
há
uma inquietação demorada sem tamanho
a
chuva que cai é tanta como a água do mar
o
medo invade o sentir e o desengano
a
noite fez do dia escurecido soluçar
chap
chap chap
não
fora a chuva e ouvia-se o vento
e
não havia mais sofrido pensamento
que
o soluçar desabrido do tempo
sem
marés que embalem barcos perdidos
e
os levem nas ondas do descontentamento
por
alcançar portos cais sentidos
e
o farol do deslumbramento
a
demarcar a longura
nos
braços da maldição
maior
do que a loucura
que
se possa alcançar
terra
firme
vida
que rima
com
salvação
além
mar
…
musa
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