Junto
ao mar há indivisíveis emoções
Momentos
feitos de nuvens em tons de fogo
Brisa
a raiar de ventania ilusões
Vagas
onde olhar afogo
Alaranjado
entardecer
Avermelhado
caloroso
Fim
de tarde a arrefecer
E
o silêncio cheira a maresia
E
o doce dia parece morrer
E
há murmúrios e tremores
E
há o olhar em poesia
E
há passos e torpores
Como
um voo de gaivota planando
Sobre
o areal despido
O
mar entrega o sentido
Aos
meus olhos sussurrando
As
ondas dançando
Em
espuma e areia
E
toda a vida se incendeia
Diante
dos olhos em fogo rubro
Chama
nos céus se ateia
A
tarde morre de mansinho
Ao
deus Neptuno me curvo
E
brindo o sonho e a luz
Esta
emoção que me conduz
Este
sentir em desalinho
Esta
solidão quase gemido
Como
se o mar fosse o altar
E
o entardecer cirio aceso
Fogo
na alma consentido
Este
amanhecer em mim preso
Quase
morrer quase perdido
Deixado
assim acontecer
Tarde
em mim feita prisioneira
Chega
ao fim desta maneira
…
musa
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