Sabes
Aquelas
asas negras que me puseste no peito
Quando
as trevas ao seu seio te chamaram
E
as lágrimas como labaredas nos meus olhos se inflamaram
Alma
incendiada dor um fogo lento arder no leito
Não
havia prece a atenuar o pensamento
Cálido
altar jazida penas desassossego
Enterrei
com o choro loucura sofrimento
Mortalha
ferida de tortura e medo
Resistirei
a esta perda sentimental insana
Chama
ardente que me queima ilusão ausência
E
me faz sentir sofrer moribunda estranha
Quantas
vezes ainda choro esse sentido
Morno
sentir que me afaga combustão demência
Ficou
em mim sensível desalento vencido
...
musa
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