COLO
AO TEMPO
No
teu regaço uma tarde fria e luminosa
Inquietude
agitada de um olhar enternecido
Entrego-me
às horas de pensativa prosa
Tempo
desassossego lento estremecido
Colo
dos meus dias que abraços não sossegam
Horas
enternecidas de despertada saudade
Chegam-me
as lágrimas que no olhar carregam
Minutos
segundos de comovida ansiedade
Há
dentro de mim um regaço ausente de abraços
De
olhares perdidos que faço transparecer ilusão
À
solta na pele ardente como embrulho de laços
Dou
colo ao tempo aos dias às horas aos minutos anos
Que
ainda me restam por cumprir em fado solidão
De
vidas por caminhos tão sofridos tão estranhos
…
musa
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