sábado, 3 de agosto de 2013

DIZ-LHE

DIZ-LHE

Diz-lhe que o amo
Como nunca amei ninguém
Diz-lhe que o quero
Como nunca quis ninguém
Diz-lhe que o sinto
Como nunca senti ninguém

Por dentro consinto
Esta dor de não ter
O vazio das mãos
Esta dor de perder
Como a areia em grãos
Das mãos a escorrer
Apertada até sangrar
A dor quase ferida
No peito a soluçar
Dorida e vencida
Crua a apunhalar
As palavras por dizer
Que não posso esquecer
Todo o amor de prazer

Diz-lhe como me falta o seu olhar
O carinho das suas mãos calorosas
O sorriso dos seus olhos a cintilar
Impregnando-o de violetas e de rosas
O aroma da minha pele a se infiltrar
Nos lábios beijados de nariz apertado
E ele a respirar todo o meu desejo
E na sua boca todo o meu beijo
E no meu corpo o sentir provocado
Todos os sentidos em excitação
Sorvidas línguas em doce bailado
Beijos de desejos e de paixão
Na boca carmim
Dócil pecado

Diz-lhe por mim
Diz-lhe para voltar
Diz-lhe para ser

Este grito sem fim
Na pele a estalar
No olhar a morrer
Esta vontade de dizer
Volta vem para mim
Não te quero perder
Não a ti
Não assim…
musa

1 comentário:

Odete Ferreira disse...

Adorei este "Diz-lhe" quase epistolar...Apelos de um sentir pleno...

Bjo, querida Ana :9