Onde estás que te não sinto
Quando as minhas mãos são meu sentir
Quando meu olhar parece fingir
Esta ausência dor consinto
Demoro saudade desassossego
Deixo-me em inquieta rendição
Entrego-me a insolente medo
Que me atormenta o coração
Onde estás ainda agora
Vieste atormentar sentido
Pensado nessa doce demora
Tão na alma bravio castigo
Tão na pele rosada em flor
Tão no sentir florida dor
Sem tempo sem hora
São essas ausências lume
Fogueira da caixa de Pandora
Queimando-me corpo chama
Há-de haver fogo ciúme
Ardendo a luz que derrama
Tanto intrépido sentir ardente
Tecido ausente trama
Que ilusão consente
Medo inquietude
Afogueado torpor
Ah… esta louca solitude
Que ausente traz a dor
…
musa
1 comentário:
Gostei muito desta sua amarga solidão!
Bj.
M.M.
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