sábado, 20 de outubro de 2012

CARTA DE UM AMOR POETA


Serás sempre o meu Amor Poeta...

CARTA DE UM AMOR POETA

Já te escrevi cartas mudas
Emoldurei de palavras árvores
Em bancos de jardins talhei
Versos em sulcos de canivete

E na pedra d’ança com o estilete
Rasguei trilhos desse amor profundo
Como se a madeira fosse o mundo
Onde o sentir em tons de verdete
Perpetuasse o tempo num segundo
E na mudez desse ritual inanimado
O amor fosse assim perpetuado

Já te escrevi cartas absurdas
Trilhei na voz de tantos poetas
Murmúrios sussurrar almas surdas
Escondidos em palavras secretas

Não sei quanto terei ainda por escrever
Não sei mais o que escreverei
Se será por amor ou somente por prazer
Se nas palavras deixarei o meu sentir
Se será por dor ou apenas para esquecer
Que um dia por amor te deixei partir
musa

1 comentário:

Odete Ferreira disse...

Pouco, mas venho. Lei (ou releio), na calma da doce melodia...

Bjinho, Ana :)