saudades de um instante sobre a raiz do teu peito em silente
pulsar…
é no chão que sempre escutamos todos os silêncios...
no ar podem passar em fugidia aragem...
no chão pulsam dentro de ti...
raízes...
queria fazer-te um poema de amor
com asas de silêncio sentir
queria esvoaçar desta dor
do teu peito meu beiral
poder partir
queria não sentir o amor esse punhal
que sangra de sentidos sentimento
queria não dar consentimento
a essa dor descomunal
que arde sem ver cá por dentro
e queima o pensamento
sem igual
queria matar esta saudade
que no peito é rufar silente
queria sentir a liberdade
que quem não ama sente
e sentir a raiz desse pulsar
rasgar o peito de tristeza
queria não saber mais amar
e ter no meu chão essa certeza
que todo o sentido consente
no silêncio em fugidia aragem
no olhar em fogo de beleza
a fogueira que paixão desmente
belo é o amor dos que agem
por amor amam com destreza
em firme chão com raiz
em silente dor companheira
de quem ama à sua maneira
ser-te na tua casa no teu jardim
frondosa árvore do amor erguida
queria somente ser no teu chão feliz
estranho amor estranha vida em mim
lar aceso de tantas inquietações
à minha vida que é um mar de paixões
queria dizer àquele que sempre diz
ama um só e não todos os corações
que do amor maior ninguém desdiz
porque ele é raiz de todas as ilusões
...
musa
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