Da liberdade revolução
Os gritos vociferados
Em papel devolução
Os cravos vermelhos
Desse Abril emoção
Ainda nos espelhos
Refletido dia feriado
Luta ou ilusão
Na ponta da arma agravo
Dos dedos da tua mão
Gesto do menino
Segurando o cravo
Que mudou o destino
Do país escravo
Ainda sentido
Cravo da liberdade
Olha-se o tempo no vidro
Rebarbado rubro partido
Contam-se os dias velhos
Que gritaram um só sentido
Contra todos os conselhos
Viva a liberdade
Doida revolução
Abril perde-se na idade
Das flores enfeitando canos
Das armas da saudade
Apontadas à desolação
Fardamentos verdes castanhos
Livramentos estranhos
A marcar a infelicidade
Das ideias revolvidas
Vidas mal resolvidas
Outras tantas devolvidas
Perdurando pelos anos
Comemorando despedidas
Em lamento revolucionário
Cantigas de desenganos
Num hino reacionário
Palavras da liberdade
Poema revolução
A continuar a saudade
E esta doce ilusão
…
musa
1 comentário:
Gosto da tua revolução
apesar do usurpação dos cravos...
Xi coração Ana.
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